O PODER DO SANTO ROSÁRIO.
São Luís Maria
Grignion de Montfort (1673 –1716),
grande apóstolo de Maria Santíssima, escreveu:
“A Santíssima
Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que, depois do
Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo memorial da
Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória
que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da
vida e da Paixão de Jesus Cristo”.
Assim sendo,
depois da Santa Missa o Santo Rosário é a mais poderosa arma de
eficácia comprovada contra Satanás e seus sequazes, que procuram
perder as almas.
É um meio de
salvação dos mais poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela
Divina Providência.
O Rosário
soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e antecipa
a implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.
O Rosário, Instrumento de Salvação.
(Extraído do livro:
A eficácia maravilhosa do Santo Rosário,
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São
Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram
tocados e choraram amargamente seus crimes, e até crianças
fizeram penitências incríveis.
O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava,
que os pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo
por suas penitências.
Se vós sentis vossa consciência carregada de pecados, tomai
o Rosário e rezai uma parte dele em honra de alguns dos
mistérios da vida, da paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando e
honrando esses mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas
sagradas ao Pai, tomará a vossa defesa e obterá a contrição
e o perdão dos vossos pecados. Ele mesmo disse um dia ao
Beato Alano: "Se
esses míseros pecadores rezassem frequentemente o Rosário,
participariam dos méritos da minha paixão e Eu, como seu
advogado, aplacaria a Justiça divina".
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas, na qual
não temos que combater inimigos de carne e de sangue, mas as
próprias potências do inferno.
Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo Rosário.
Esmagareis assim a cabeça do demônio e permanecereis
inabaláveis diante de todas as suas tentações.
É por isso que o Rosário, ainda que considerado
materialmente, é tão terrível ao demônio, e os Santos dele
se serviram para expulsá-lo dos corpos de possessos, como
testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos
colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há exercício mais
frutuoso e mais útil para a salvação do que pensar
frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por
revelação que a simples lembrança ou meditação da paixão de
Jesus Cristo é mais meritória ao cristão do que jejuar a pão
e água todas as sextas-feiras de um ano inteiro, ou tomar a
disciplina até o sangue todas as semanas, ou recitar todos
os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem declarou ao
venerável Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que
residia em Trèves no ano de 1481, que "todas
as vezes que um fiel recita o Rosário com as meditações dos
mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em estado de
graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus
pecados".
Ao Beato Alano, Ela disse: "Grande
quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário,
mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos
que rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e
devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa
devoção, Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por
esse bom serviço, a plena remissão da pena e da culpa de
todos os seus pecados".
Por que Nossa Senhora insiste tanto na Oração do Rosário?
Em 1945
os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades
japonesas: Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de
um quilômetro e meio do centro da explosão, ficou tudo
arrasado e todos os habitantes morreram carbonizados. A casa
paroquial, com oito moradores jesuítas, que distava apenas
800 metros da explosão, ficou de pé e os seus moradores
ficaram ilesos.
O Pe.
Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois
viveu mais 33 completamente com saúde e nenhum dos moradores
da casa sofreu as conseqüências da radioatividade. Ele
contou a sua experiência no Congresso Eucarístico da
Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os membros
daquela comunidade ainda viviam.
O Pe.
Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200
cientistas e não puderam explicar como, no meio de milhares
de mortos, ele e seus companheiros tinham podido sobreviver.
O Pe. Shiffer afirmou que centenas de cientistas e
pesquisadores por vários anos continuaram a investigar
por que a casa paroquial não foi atingida quando tudo ao
redor ficou arrasado. E o padre explicou, dizendo:
"Naquela casa se rezava todos os dias, em comum, o
Santo Rosário. Por isso, foi protegida por Nossa Senhora".
Nossa
Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase
toda especial à oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre
com o ROSÁRIO. Em outras aparições, pede sempre que
se reze o Rosário. Em Fátima, em cada uma das aparições, ela
insiste: "Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE".
Em
Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em
14/08/84, ela diz: "Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo
menos o Rosário". Em 27/09/84: "Peço às famílias da
paróquia que rezem o rosário em família".
No dia
25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que
deseja dizer aos sacerdotes. Ela responde: "Caros
filhos, eu os exorto a convidar todos à Oração do Rosário.
Com o rosário, vencerão todas as dificuldades que Satanás,
neste momento, quer colocar no caminho da Igreja Católica.
Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem tempo ao
Rosário".
O Papa,
no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse:
"Caríssimos irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço
vivamente aos pastores para rezar o Rosário nas suas
comunidades cristãs. Ajudai o povo de Deus a retornar à
oração cotidiana do Rosário".
A Origem da Ave-Maria
É bom
lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria
("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na
oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana,
deflagrada no ano de 429.
O bispo
Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria
mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições
tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo
Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).
Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).
Conta-se
que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres
Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas
especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino
ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora,
dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós
pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém."
Na
continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o
Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus
segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o
Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que
Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três
meses de sua gravidez:
"Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu
ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram
origem a AVE MARIA.
Como surgiu a oração do Santo Rosário
A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua
maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
Posteriormente
fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150
Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início
de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada
dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria,
e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
Rosa
das rosas, Rainha das rainhas.
A
palavra Rosário
vem do
latim
Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa Senhora é a Rosa Mística
(como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem
o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que
rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma
Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma
Coroa de Rosas.
A rosa é a rainha das flores,
Rosa
das rosas, como é a Rainha
das rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções
e, portanto, a mais importante.
O
Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto
com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o
rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória
de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como
Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de
Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem
sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa.
Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o
que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede.
Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o
Rosário como uma arma poderosa contra o maligno,
para nos trazer a verdadeira paz.
São Domingos e o
Santo Rosário.
A difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja
atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido
como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou
aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia
albigense , que assolava Toulose (França).
Segundo respeitosa
tradição, Nossa Senhora numa Aparição revelou a
devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio
para salvar a Europa de uma heresia.
Eram os
albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus
erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi,
no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses
hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois
assim soberbamente se auto nomeavam.
Eram lobos
disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos
para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre
outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da
hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a
semelhança com o comunismo.
Várias regiões da
Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e
toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os
hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e
derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.
São Domingos (mais
tarde fundador da Ordem Dominicana)
intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não
conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam
pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram
massacrados.
Desolado,
São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma
eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis
adversários da Santa Igreja.
A Aparição da Santíssima Virgem
Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.
O Bem-aventurado
Alain de la Roche (1428 – 1475),
célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do
Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em
1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário
(também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de
Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges.
Na obra de
São Luís Grignion de Montfort acima citada, ele transcreve
tal narração:
Vendo São Domingos
que os crimes dos homens criavam obstáculos à conversão dos
albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e passou nele
três dias e três noites em contínua oração e penitência, não
cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas
para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.
A Santíssima
Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e
disse:
—
Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima
Trindade para reformar o mundo?
— Ó Senhora! –
respondeu ele – Vós o
sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo,
fostes o principal instrumento de nossa salvação’.
Ela acrescentou:
— Saiba que a peça
principal da bateria foi a saudação Angélica, que é o fundamento do
Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes
corações endurecidos, reza meu Saltério.
Rosário esmaga heresia albigense
O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu, o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.
O Céu
queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo
Rosário e torná-la mais notória.
A tormenta cessou
por fim, pelas orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão, e
explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo
Rosário, que os moradores de Toulouse (um dos principais focos da
heresia) o abraçaram quase todos e renunciaram a seus erros,
vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos costumes da
cidade.
Melhor artilharia contra o demônio e sequazes.
Empunhando a
potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao combate,
pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a
própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as
partes reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam,
os fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam;
convertia os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja
aos milhares; os pecadores se arrependiam e faziam penitência;
expulsava os demônios de possessos; operava milagres e curas.
Somente na Lombardia, o ardoroso cruzado do Rosário converteu mais
de 100 mil hereges albigenses.
Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus
seguidores:
o Santo Rosário.
O herói Conde
Simão de Montfort.
Mas restavam ainda
aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de nenhum modo,
e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros
países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico
São Domingos, suscitou outro herói para erradicar da Europa a
heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O primeiro
empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma
combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada
em defesa da Fé Católica.
A história de
Simão de Montfort
é, além de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de
passagem, um trecho extraído do livro de São Luís Grignion de
Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora, segundo parece,
não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes a
respeito):
Quem poderá contar
as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os
albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão
notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos
homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com
trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil infantes e
quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de Aragão,
composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de
infantaria e um de cavalaria.
Livre a França da
heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as
fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de
seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países
vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente
as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma
vez que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande
fruto em todos os países do mundo.
Os
Papas recomendam o Rosário
Papa Pio IX:
“Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para
destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os
fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do
Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e
impiedades que por todas as partes se levantam”
(Encíclica
Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).
Papa Leão XIII:
“Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta prática de
piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas
cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as
elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne
distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos
propiciar a divina clemência”
(Encíclica
Jucunda semper, de 8 de setembro de 1894).
Papa São Pio X:
“O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à
Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da
Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.
Papa Bento XV:
“A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla
a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o
costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram
passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores
louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências
apostólicas”.
Papa Pio XI:
“Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o
Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que
odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula,
alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas”
(Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).
Papa Pio XII:
“Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade
civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana,
não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos
que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo
conveniente o costume do Rosário em família”
(Encíclica
Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).
Papa João XXIII:
“Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino,
.... o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do
Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos,
para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso convegno, de 19 de
setembro de 1961).
Papa Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e
insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe
de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices,
pela qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir
de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e
recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)”
(Encíclica Mense maio, de 19 de abril de 1965).
Beato Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).
Inimigos internos e externos vencidos pelo Rosário
Como acabamos de
ver, São Domingos, com a cruzada de orações que empreendeu
por meio do Rosário, derrotou os inimigos internos da Igreja
vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos. Veremos
agora um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou
inimigos externos da Cristandade.
No século XVI, o
poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana)
crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a
Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e
ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao
Ocidente.
Em face do
iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o
Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa
frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta
com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de
Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados
Pontifícios.
São Pio V
não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na
proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo
D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte
com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao
encontro do inimigo.
Na batalha de Lepanto:
A vitória salvadora.
Há 436 anos,
em 7 de outubro de 1571, a
esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras,
concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear
o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos
ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de
Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que,
formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com
o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos
infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Mas, apesar da
bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã,
comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de
encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota,
que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia.
Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que,
inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram
em retirada...
Obtiveram mais
tarde a explicação:
aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma
brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e
incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a
fugir.
Logo no início da
retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e
reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados
e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram
capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram
bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
Vitória
alcançada pelo Rosário.
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto,
a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário.
Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as
preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas
igrejas, suplicando a vitória da armada católica.
O Pontífice,
grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o
desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele
tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter
espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria,
voltou-se para seus acompanhantes exclamando:
“Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba
de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão
foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro
(duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o
correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios
mais rápidos para se informar...
Em memória da
estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa
dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te
Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na
Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária
vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da
Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa
de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7
de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo
objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de
Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o
senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha
naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces,
sed Maria Rosarii victores nos fecit”.
(Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria
do Rosário é que nos deu a vitória).
Milagre:
tropas soviéticas retiram-se da Áustria
Expulsos pelo Rosário Sem armas
e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.
Após a II Guerra
Mundial, parte do território austríaco ficou sob domínio comunista.
Tudo foi feito para que os russos se retirassem, todos os meios
diplomáticos foram empregados. Contudo parecia impossível obter a
retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país católico.
Através da
recitação do Rosário, a nação austríaca inteira implorou a
libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois só um milagre a
salvaria.
Foi constituído um
movimento chamado Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do
Santo Rosário), por iniciativa do Padre capuchinho Petrus
Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as cidades, vilas e aldeias crescia
o número de pessoas que aderiam ao movimento, comprometendo-se a
rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24 horas por
dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima
pela libertação do país do jugo comunista.
Muitas procissões
foram organizadas nessa intenção. A maior delas talvez tenha sido a
realizada em 12 de setembro de 1954: uma enorme procissão “aux
flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa Senhora de Fátima,
da qual participaram muitas autoridades.
500 mil austríacos
já haviam aderido a essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do
Rosário atendeu as insistentes súplicas, e o impossível –
naturalmente falando – ocorreu: em maio de 1955 as tropas soviéticas
abandonaram o território austríaco. Um autêntico milagre!
O que é o Terço
?
Cada Terço
corresponde (a terça parte de um Rosário) e compõe-se de cinco
Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena corresponde a um Pai-Nosso,
dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável que se reze após o
Glória a oração: “Ó meu Jesus perdoai-nos...”, que
Nossa Senhora em Fátima recomendou aos três pastorinhos de
Fátima).
Antes de iniciar
cada dezena, enuncia-se o Mistério correspondente e nele devemos
MEDITAR, ou seja, PENSAR, enquanto rezamos as Ave-Marias.
No final de cada Terço (que equivale a 50 Ave-Marias), é
recomendável rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.
O Terço e também o
Rosário inicia-se com a recitação do Credo (resumo das principais
verdades cristãs, nas quais todo católico deve crer), mas antes de
começar a rezá-lo convém enunciar as intenções pelas quais estamos
pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se desejar, bem como
pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem distrações.
Qual
é o conteúdo do Rosário?
O Rosário se
organizou tendo como referência os 150 salmos contidos na Sagrada
Escritura. A cada salmo, corresponde a uma Ave-Maria. A cada
dezena de Ave-Marias, intercalou-se um fato da vida de Jesus, um
“mistério”. Mistérios da alegria, da dor e da glória.
Portanto 15 Mistérios ou 15 dezenas, equivale a 150
Ave-Marias (lembram os 150 salmos — poemas religiosos — de
Davi, como já se mencionou acima). Assim o Rosário é a soma
dos três Terços.
Quando rezar o
Rosário, pode-se — e por vezes é até conveniente — recitar os três
Terços separadamente, como, por exemplo, rezando um Terço no período
da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No final recomenda-se
recitar a Ladainha lauretana.
No primeiro Terço
contemplam-se os Mistérios Gozosos (as alegrias da Virgem
Santíssima), no segundo os Mistérios Dolorosos (as dores de
Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no terceiro os
Mistérios Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa
Senhora).
Quando a pessoa
reza apenas um Terço (e não o Rosário inteiro), o costume é, nas
segundas e quintas-feiras, meditar os Mistérios Gozosos; nas terças
e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas, sábados e domingos os
Gloriosos.
Esses 15 Mistérios
correspondem aos principais acontecimentos da
Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos principais
acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.
A
simbologia do Rosário.
O próprio
Rosário é um símbolo. Ele forma um círculo.
Sua saída coincide com a chegada. Lembra o que
Jesus falou: saí do Pai e volto ao Pai (Jo 16, 28).
Nós também viemos do Pai e devemos voltar a Ele. A forma de
fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou nosso caminho (Jo
14, 8) e convida a cada um a segui-lo (Mt 19,21).
Pelo Rosário, meditamos na peregrinação que Jesus fez por
este mundo unindo-nos pelo fio da fé. Sem a fé,
os dias de nossa vida viram um amontoado de contas perdidas
no chão, como acontece com as contas do terço quando se
quebra o fio que as mantém unidas.
O
centro do Rosário é Cristo crucificado.
Tendo-o nas mãos, recorda que nossa vida e nossa oração
devem ter seu centro em Cristo, em união com a Mãe de Deus e
Nossa Mãe, Maria Santíssima.
O
Pai-Nosso.
O Rosário ensinado
diretamente por Nossa Senhora compõe-se das mais sublimes orações. A
começar pelo Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Nosso Senhor Jesus
Cristo aos Apóstolos, quando estes pediram:
“Ensinai-nos a rezar” (Lucas 11, 1). O Divino Redentor
pronunciou as palavras do Pai-Nosso, indicando-nos o meio de
glorificar a Deus. É claro que Ele não deixará de ouvir-nos, uma vez
que suplicamos com as próprias palavras que Ele nos ensinou.
A
Ave-Maria.
Sem dúvida, uma
das mais belas orações é a Ave-Maria, composta com a saudação do
Arcanjo São Gabriel, “Ave, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”;
com as palavras de Santa Isabel, “Bendita sois Vós entre as
mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre”; e com o
acréscimo inserido pela Igreja, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai
por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Em
poucas palavras essa oração encerra as principais grandezas de Nossa
Senhora.
Diz São Luís
Grignion de Montfort:
“A saudação
angélica resume na mais concisa síntese toda a teologia cristã sobre
a Santíssima Virgem. Há nela um louvor e uma invocação: encerra o
louvor da verdadeira grandeza de Maria; a invocação contém tudo que
devemos pedir-Lhe e o que de sua bondade podemos alcançar”.
Este mesmo santo,
e grande apóstolo do Rosário, conta que os hereges têm horror à
Ave-Maria. Eles podem até aprender a recitar o Pai-Nosso, mas nunca
a Ave-Maria: “Todos os hereges que são
filhos do diabo.... prefeririam carregar sobre si uma serpente antes
que um rosário”.
Não há graças que
Deus não nos possa alcançar por meio de Maria a quem peça por meio
do Rosário. No entanto é bom lembrar que devemos nos preparar para
alcançar as graças que tanto pedimos.
Como devemos nos
preparar.
Fazendo uma boa
confissão a um Sacerdote com um arrependimento profundo e repeti-la
periodicamente ao menos uma vez por mês, receber a Santíssima
Eucaristia sempre que possível e que estivermos preparados para a
receber, rezar o Creio que é a profissão de Fé nas verdades
católicas.
Rezar nas
intenções do Santo Padre o Papa. Ao menos 01 Pai Nosso 01 Ave Maria
e 01 Glória ao Pai.
Também procurar
estar dentro dos 7 Sacramentos da Igreja, próprio da condição de
cada um, e observar os 10 Mandamentos da Lei de Deus.
Há inúmeros
documentos pontifícios exaltando a excelência do Santíssimo Rosário.
Neles os Papas recomendam empenhadamente essa devoção. Devemos nos
preparar para receber estas graças (indulgências), pois o Rosário
foi enriquecido ao longo dos séculos pelos Pontífices com inúmeras
indulgências.
Perseverar, em
todos os dias na Oração, para que Maria interceda a Jesus que na Sua
infinita Misericórdia nos conceda os meios de alcançar estas graças.
O
que é rezar ?
Rezar é falar com
Deus. Se dirigir a Deus, se expressar; seja com o pensamento ou com
a voz.
Como rezar bem.
Agora que já
tomamos conhecimento da importância do Santo Rosário, de sua
maravilhosa história e em que orações consiste, veremos não apenas
como rezá-lo — o que é muito fácil —, mas como rezar bem, o
que não é muito difícil, bastando um pouco de atenção.
Rezar bem o
Rosário é simples e está ao alcance de todos. Não é necessário ser
um sábio ou um doutor em teologia. Além das singelas orações
acima indicadas, precisamos apenas contemplar os mistérios e as
palavras da cada oração, algo que até crianças podem fazer.
Oração vocal e oração mental.
A oração vocal é a
recitação piedosa das cinco dezenas de Ave-Marias (no caso do
Terço), ou das 15 dezenas (no caso do Rosário). No início de cada
conjunto de 10 Ave-Marias reza-se o Pai-Nosso, e no final o Glória
ao Pai.
Em
que consiste a oração mental ?
Enquanto se
pronuncia as orações, em PENSAR OU CONTEMPLAR os Mistérios
(pode-se também MEDITAR, PENSAR nas palavras da Ave-Maria, do
Pai-Nosso ou do Glória).
O Rosário é um
colóquio (uma conversa) com Deus e Nossa Senhora. Enquanto com a voz
Os louvamos, com o PENSAMENTO MEDITAMOS nos sublimes
mistérios, pois, sendo o homem composto de corpo e alma, com
a boca e com a mente deve glorificar seu Criador. O
que equivale ao nosso dito popular: “Não falar só da boca pra
fora”, ou seja, sem amor, sem coração, sem meditação.
Se isso não acontecer poderá ser em vão nossa oração.
Claro que
tanto mais eficácia terá essa arma quanto maior nosso
envolvimento e devoção a utilizarmos. Assim, evitar de rezar o
Rosário despachadamente e distraído; procurar recitá-lo piedosamente
e com atenção, se possível de joelhos diante do Tabernáculo
(sacrário) ou de uma imagem de Jesus e/ou Nossa Senhora, vestido
decentemente (homens e mulheres e crianças) com respeito máximo e
humildade a quem se dirige como a Santa Igreja antigamente e hoje
sempre ensinou.
Pode-se, porém,
rezá-lo também sentado ou de pé — até mesmo deitado, em caso de
enfermidade, muito cansaço ou outra causa proporcionada —, mesmo
andando, mas evitando o quanto possível as distrações. Devemos criar
condições ambientais para facilitar nossa concentração no que
estamos fazendo.
Por isso Jesus
levantava de madrugada para rezar. Subia as montanhas para buscar o
silêncio. Saía das cidades para rezar. Muitos santos faziam isso.
Nós podemos nos
fechar no quarto, no escritório ou nas Igrejas em qualquer lugar em
que ajude a nos concentrar; tirar tempo para Deus.
Entretanto, a
distração involuntária, mesmo freqüente, não invalida o valor da
oração. Nunca se deve deixar de rezar o Terço por causa de
distrações. Pelo contrário, se temos dificuldade de rezar com
perfeição, rezemos ainda mais, para compensar um tanto pela
quantidade o que faltou à qualidade. Nosso Senhor elogia no
Evangelho a oração insistente.
O demônio
inventará artifícios para nos distrair com bobagens, mas precisamos
rejeitá-las e concentrar nossa atenção. Se fizermos esforços para
rezar bem, ainda que não o consigamos inteiramente, isto já é
agradável a Nossa Senhora.
Rezar com Fé.
Fé significa
acreditar, ter confiança que algo se realizará, ter confiança no que
estamos fazendo.
Quando rezamos
(pedimos, agradecemos, louvamos)
temos a CERTEZA ABSOLUTA que Deus com a Santíssima Virgem e todo os
Céus está nos ouvindo e vendo tudo. Pode Deus por intercessão de
Maria não nos conceder aquilo que pedimos, mas pode nos conceder
outras graças que não as pedimos e que são mais importantes para nós
naquele momento. Pode também não nos conceder quando desejamos, mas
sim quando realmente necessitamos.
As vezes para
testar nossa fé e perseverança pode demorar um pouco em nos atender,
mas é de ABSOLUTA CERTEZA que nos atenderá, só não o sabemos quando;
pode ser na hora ou mais adiante...
Devemos lembrar:
rezamos todos os dias no Pai Nosso seja feita a TUA VONTADE...
“Quem reza se salva, quem não reza se condena”.
Que oração será a
mais eficaz a fim de alcançar toda espécie de graças para nós, tão
necessitados? E para a humanidade, tão depravada? Os Papas, os
Santos e a Igreja em geral incentivam de todos os modos esta
devoção, que a própria Medianeira de todas as graças
nos ensinou.
Rezar o Santo
Rosário é ser atendido com segurança,
pois o Divino Filho de Maria Santíssima sempre ouve os rogos de sua
Mãe. Boníssima Mãe nossa, que é também a Mãe do Juiz que nos julgará
em nosso último dia. Assim sendo, nada melhor que termos como
advogada Aquela que nos obterá toda espécie de graças para chegarmos
bem diante do supremo Juiz.
Está portanto em
nossas mãos a arma para a salvação, tanto nossa como deste caótico e
desmoralizado mundo de hoje.
As
Indulgências.
Devoção tão
recomendada pelos Papas e tão aprovada pela Igreja, é o Rosário da
Virgem Santíssima cumulado de
indulgências.
Indulgência é uma
remissão da pena temporal dos pecados. Com a confissão que fazemos
de nossos pecados, somos perdoados de nossas culpas, mas permanecem
as penas temporais devidas ao pecado.
O cumprimento da
penitência imposta pelo sacerdote, após a absolvição, satisfaz
parcialmente as penas temporais. Os sofrimentos que padecemos ajudam
também a pagar tais penas. Contudo podem ainda aliviar as penas
temporais as indulgências que a Igreja concede às almas em estado de
graça, pelos méritos de Nosso Senhor e de Sua Santíssima Mãe e dos
santos.
Mas as
indulgências são concedidas, sob certas condições, por determinados
atos de piedade. Um deles é a recitação do Rosário. Quando o rezamos
em igreja, em oratório público ou em família, ou ainda em comunidade
religiosa, lucramos uma indulgência plenária (libera no todo a pena
temporal), e quando rezamos o Rosário em outras circunstâncias,
lucramos indulgência parcial (libera em parte a pena).
Mesmo rezando
apenas um Terço do Rosário podemos lucrar a indulgência plenária,
mas as cinco dezenas devem ser recitadas (oração vocal) sem
interrupção e meditando (oração mental) cada um dos cinco mistérios.
Nossa Senhora do Rosário, terror dos demônios.
Por imposição de
Deus, o próprio demônio, em algumas circunstâncias, foi obrigado a
confessar — muito a contragosto em alguns exorcismos... — que a
Santíssima Virgem era sua maior inimiga, pois Ela conseguia salvar
almas que estavam já em suas garras, praticamente condenadas ao
inferno.
Nossa Senhora é o Terror dos demônios, Aquela que
esmaga a cabeça da serpente infernal, como é representada em
muitas de suas imagens – na Medalha Milagrosa, por exemplo. Em seu
famosíssimo Tratado da Verdadeira Devoção, São Luís Maria Grignion
de Montfort escreve: "Maria é a mais terrível inimiga que Deus
armou contra o demônio”.
E, ainda nesse
mesmo sentido: “Armai-vos, pois, com estas armas de Deus,
armai-vos do santo Rosário e esmagareis a cabeça do demônio, e
vivereis tranqüilos contra todas suas tentações. Daí vem que o
Rosário, mesmo o objeto material, seja tão terrível ao diabo, que os
Santos se tenham servido dele para encadear o demônio e expulsá-lo
do corpo dos possessos, segundo testemunham várias histórias”.
De onde se vê que
é excelente ter sempre consigo o Terço no bolso, durante o dia, e à
noite ao pescoço ou sob o travesseiro.
Uma arma
por excelência da vitória sobre o mal.
Depois da Santa
Missa o Rosário é a arma secreta mais poderosa que Deus coloca nas
mãos de seus fiéis soldados, na luta contra Satanás e seus sequazes
que andam pelo mundo para perder as almas. Esta poderosíssima arma
está à disposição de todos os católicos devotos do Rosário da
Santíssima Virgem. Com ela receberemos proteção nos assaltos do
demônio e estaremos prontos a enfrentar todas as dificuldades desta
vida.
Quem nos garante
isto é o próprio São Luís Grignion de
Montfort:
“Ainda que vos
encontrásseis à beira do abismo ou já tivésseis um pé no inferno;
ainda que tivésseis vendido vossa alma ao diabo, ainda que fôsseis
um herege endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde vos
converteríeis e salvaríeis, desde que (vos repito, e notai as
palavras e os termos de meu conselho) rezeis devotamente todos os
dias o Santo Rosário até a morte, para conhecer a verdade e
obter a contrição e o perdão de vossos pecados”.
Benefícios e graças que podemos conseguir rezando o Santo Rosário
com a meditação dos mistérios:
> Eleva-nos
insensivelmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo;
> purifica nossas
almas do pecado;
> permite-nos
vencer a nossos inimigos;
> facilita-nos a
prática das virtudes;
> abrasa-nos no
amor de Jesus Cristo;
> habilita-nos a
pagar nossas dívidas para com Deus e os homens;
> por fim,
obtém-nos de Deus toda espécie de graças.
São Luís Grignion
de Montfort
(Obras de San Luis
Maria Grignion de Montfort, El secreto admirable del Santissimo
Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954, p. 353).
A Virgem Santíssima em Fátima e o pedido ao Santo
Rosário.
Quando Lúcia
perguntou à Santíssima Virgem, na aparição de 13 de
outubro de 1917, em Fátima, o que desejava, Ela respondeu:
“Quero dizer-te
que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do
Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias”.
“Rezar o Terço
todos os dias”
— Que conselho mais excelente que este? Que criatura mais elevada
que a Virgem Santíssima poderia transmiti-lo? Sendo que a própria
Mãe de Deus – e também nossa Mãe – nos faz esse pedido,
como poderemos recusá-lo? Impossível seria! Atendendo-A, seremos
atendidos e alcançaremos todas as graças que suplicarmos com fé e
confiança.
Em várias outras
aparições Nossa Senhora recomendou a devoção ao Rosário,
mas especialmente em Fátima Ela insistiu nessa prática marial como
meio para se obter a conversão do mundo.
Apresentando-se como a Senhora do Rosário,
Ela veio alertar o mundo para os terríveis castigos que ocorreriam
caso não se desse uma conversão geral;
caso os homens não deixassem de ofender a Deus com seus pecados e
não houvesse uma reparação por esses pecados.
Isto se passou no
início do século XX. Neste início do século XXI, quem se atreveria a
dizer que tais pedidos foram atendidos? Claro que ninguém! Basta
olhar um pouco em torno de nós, para ver justamente o contrário: a
decadência moral acentua-se dia a dia; os Mandamentos de Deus são
abandonados; os pecados aumentam; as ofensas a Nosso Senhor
tornam-se ainda mais agressivas. Basta abrir os jornais, para
constatar a alarmante dissolução da família, as modas imorais, o
nudismo, o aborto, a prostituição, as drogas, o homossexualismo etc.
Em vista disso, a
Senhora de Fátima pede-nos “oração, penitência e
reparação”. Insiste na recitação diária do Rosário,
para a conversão das almas pecadoras e do mundo.
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