Google+ MILAGRE EUCARÍSTICO DE SIENA. ITÁLIA 14 DE AGOSTO DE 1730 ~ APOLOGÉTICA DA FÉ CATÓLICA



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segunda-feira, 25 de março de 2013

MILAGRE EUCARÍSTICO DE SIENA. ITÁLIA 14 DE AGOSTO DE 1730



Na cidade de Santa Catarina de Siena temos um milagre eucarístico que data de 1730. No dia 14 de agosto daquele ano a igreja de São Francisco fora vítima de um assalto. Os ladrões levaram 351 hóstias consagradas. A cidade se mobilizou, suspendendo inclusive a festa e procissão da Assunta.

O curioso foi que, três dias após o roubo, as hóstias foram encontradas no cofre de esmolas de outra igreja (St. Mary de Provenzano). Foi constatado que se tratavam das mesmas, e contaram-se 348 hóstias inteiras e seis metades.

O povo então fez uma procissão para levá-las para a igreja assaltada, tendo como portador o Arcebispo Alessandro Zondadari. Não foram consumidas, como previa o Direito Canônico, porque os fiéis queriam adorá-las para reparar o nocivo ato. Tais hóstias foram guardadas no local apropriado – no sacrário – e de algum modo acabaram sendo esquecidas.
O procedimento ordinário é que as mesmas deveriam ter sido consumidas. Uma teoria afirma que o povo de Siena e das cidades vizinhas queriam adorá-las para reparar a profanação, como já dito. A segunda seria a que as hóstias estariam ainda sujas, apesar de terem sido limpas superficialmente, não sendo neste caso necessário consumí-las, mas é permitido que se deteriorem-se naturalmente.

O Pe. Carlo Vipera, da Ordem Franciscana, examinou as hóstias no dia 14 de abril de 1780 e as encontrou frescas e incorruptas. Somente 50 anos depois foi descoberto que estavam completamente intactas, não apresentando nem coloração diferente do tempo de sua fabricação. Tratava-se de um milagre! Nos séculos que se sucederam, as hóstias foram submetidas aos mais diversos exames científicos para comprovar a autenticidade do fato. Nos anos anteriores algumas hóstias foram distribuídas e consumidas. As 230 restantes foram colocadas em um cibório novo e posterior distribuição foi proibida.

Uma investigação mais detalhada foi realizada em 1789 pelo Arcebispo de Siena, Tiberio Borghese, com teólogos e cientistas. Após ter examinado as hóstias com um microscópio, a comissão declarou que eram perfeitamente intactas e não demonstravam nenhum sinal de deterioração

Neste mesmo ano um teste foi realizado: hóstias não consagradas foram colocadas em uma caixa selada. Dez anos mais tarde foram examinadas e encontradas desfiguradas. Em 1850, 61 anos depois do fechamento da caixa, as hóstias não consagradas foram reduzidas à partículas de uma cor amarela escura, enquanto que as 230 hóstias consagradas milagrosas retiveram seu frescor original pelo mesmo tempo!

Ao longo dos anos outros exames foram realizados, mas o mais significativo foi o de 1914, empreendido por ordem do Papa Pio X. O arcebispo selecionou um distinto grupo de investigadores, com cientistas e professores de Siena e de Pisa, juntamente com teólogos e oficiais da Igreja. Testes químicos executados sobre fragmentos das hóstias milagrosas provaram que tais hóstias foram preparadas sem as precauções científicas que poderiam mantê-las preservadas por um período de poucos anos! A comissão concluiu que a preservação era extraordinária! Se as hóstias tivessem sido preparadas para se conservarem, alguns anos se passariam… mas as mesmas não foram preparadas e o milagre já durava 184 anos!

O professor Siro Grimaldi, professor na Universidade de Siena e diretor do Laboratório Químico Municipal, era o principal cientista da comissão de 1914. Mais tarde, escreveu um livro com detalhes preciosos sobre o milagre, intitulado Uno Scienziato Adora. Em 1914 declarou que “a farinha em grão é o melhor terreno de cultura de microorganismos, parasitas animais e vegetais, e fermentação láctica. As partículas de Siena estão em perfeito estado de conservação, contra as leis físicas e químicas, não obstante as condições de tudo desfavoráveis em que foram encontradas e conservadas. Um fenômeno absolutamente ANORMAL: as leis da natureza foram invertidas. O vidro em que foram encontradas possui mofo, enquanto a farinha se revelou mais refratária do que o cristal.”

Em 1922 outras investigações foram conduzidas, na presença no Cardeal Giovanni Tacci e do Arcebispo de Siena, de Montepulciano, de Foligno e de Grosseto. Os resultados foram os mesmos.

Em 1950 as hóstias foram submetidas a novo exame e colocadas em um cibório mais novo. Apesar das precauções, outro roubo sacrílego ocorreu na noite do dia 5 de agosto de 1951. O ladrão deixou as hóstias no canto do tabernáculo e levou somente o cibório! O arcebispo da cidade contou 133 hóstias e as selou em um novo recipiente de prata. Mais tarde, após serem fotografadas, foram colocadas em um recipiente mais elaborado, que substituísse o que tinha sido roubado.

As hóstias milagrosas são exibidas publicamente em várias ocasiões, especialmente no dia 17 de cada mês, comemorando o dia onde foram encontradas após o primeiro roubo, em 1730. Na festa de Corpus Christie as mesmas são conduzidas em procissão triunfante, a partir da igreja, pelas ruas da cidade. Muitos distintos personagens adoraram as hóstias, como São João Bosco e o papa João XXIII, que inclusive assinou o livro dos visitantes, no dia 29 de maio de 1954, ainda quando era o bispo de Veneza. Apesar de incapazes de visitar as hóstias milagrosas, os papas Pio X, Benedito XV, Pio XI e Pio XII emitiram indicações de interesse e admiração profundos.

Com voz unânime, fiéis, padres, bispos, cardeais e papas maravilharam-se e adoraram as hóstias de Siena, reconhecendo nelas um milagre permanente, completo e que resiste há 250 anos! A Igreja assegura que, embora tenham sido consagradas em 1730, por terem mantido conservação perfeita, ainda são realmente e verdadeiramente o Corpo de Cristo!

O Papa Paulo VI, no Congresso Eucarístico de Pisa, na Itália, falou sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, e lembrou o testemunho do milagre de Siena. Também João Paulo II visitou Siena, como peregrino, para celebrar os 250 anos deste sinal extraordinário de Deus.

Palavras de Paulo VI:

Na mesma carne que foi pregada na cruz
O mesmo sangue que jorrou do seu coração provarei tomarei na comunhão
Se me das o teu corpo e sangue Senhor o que mais darei a ti a não ser o meu louvor minha gratidão adoração ….
Doce e amado Jesus Que por mim morreste na cruz concede-me uma perfeita gratidão pela teu corpo e sangue que me une a ti em espírito e em verdade . Amem

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